quinta-feira, 11 de setembro de 2014

O feudalismo: A Alta Idade Média

   
     Iniciando a série sobre o feudalismo, começando a falar um pouco sobre o sistema feudal em seu início, no período da Alta Idade Média.




Sistema de produção do feudalismo

     O período que compreende a Alta Idade Média é o mesmo em que ocorre a formação e a estruturação do feudalismo. As invasões barbaras que culminaram com o fim do Império Romano do Ocidente é um dos aspectos,  de grande importância para entendermos melhor esse período, serão abordados. Após a invasão os bárbaros trouxeram consigo o ideal de Comitatus que é a relação na sociedade feudal, de suserania e vassalagem, baseadas em valores morais, como a honra e lealdade. À partir de meios de subsistência próprios, a economia feudal se baseava em algumas características, dentre a ausência de comércio e uma economia amonetária até a predominância do escambo. Esse comércio baseado em trocas dava o caráter ainda incipiente de uma consciência de economia. Se o homem moderno não consegue viver sem dinheiro, o homem da Idade Média mal conhecia o seu significado e a Igreja aparece  para doutrinar a atitude do cristão e sua relação com a economia. A proteção oferecida pelo nobre ao servo nas relações de produção do sistema feudal, pode ser entendida como a própria moeda de troca, para que o trabalhador continue a trabalhar nos lotes de terra de seu senhor
      A sociedade feudal adquire a integração de duas culturas, a germânica com a romana, estabelecendo as relações sociais específicas, fundamentando-se e baseando-se num fortalecimento do cristianismo. A conversão  dos reis bárbaros a fé professada pela Igreja Católica e a consolidação no final do século V (em especial o Reino dos Francos na Europa) trouxeram consciência do medo divino, onde a rápida ruralização européia, transformou a população em uma massa de trabalho servil, camponesa e alienada de suas condições de trabalho. No campo do poder, o feudalismo apresentava além dessa exploração do trabalho, um teocentrismo evidente, o enfraquecimento da cultura laica do mundo Antigo, criando uma sociedade estamental, de pouca mobilidade social (estratificação) e uma hierarquia que compreendia: o clero, a nobreza e os servos da gleba (trabalho). Em suma, o poder se apresentava de forma descentralizada, nas mãos do senhores feudais,donos de terras que comandavam uma economia essencialmente agrícola, onde os trabalhadores do campo se viam em uma condição correlata ao que hoje se compreende como o de semi-escravidão. 

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