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Comércio na cidade Medieval |
Muito se fala sobre a ruralização na Idade Média, muitas aspectos porém, tem que ser destacados quando se trata do papel da cidade nascente. Os pequenos centros de comércio começaram a aparecer no final do século XII, atendendo uma necessidade das dinâmicas econômicas, ou seja, o papel do dinheiro. As feiras se formavam, antes apoiadas por um sistema de trocas, o escambo pouco a pouco foi sendo substituindo, principalmente nos grandes centros urbanos. A cidade Medieval, em nada se parece com a cidade antiga, arquitetonicamente falando, suas ruas estreitas em nada tinham a ver com as nababescas cidades da antiguidade. O modo de tratamento sanitário da cidade medieval, como se sabe, era um tanto quanto deficiente. As suas ruas tinham uma concentração, os artífices viviam em casas de pequeno porte, o que Jacques Le Goff chama de "cidade compacta" e " pequena Veneza" que serviam como entrepostos comerciais.
Na frança, o papel marítimo do comércio era evidente, as cidades eram meros portos de desembarque dos excedentes comerciais, e pontos de informações importantes. Le goff e Huizinga, como grandes medievalistas do século XX, apresentam contrapontos nessa visão de cidade Medieval, atrasada e meramente produto tardio da "Idade das Trevas". Suas contribuições para entender esse, é que o historiador deve analisar a cidade nesse período com outra perspectiva historiográfica, analisando a complexidade que foi a Idade Média. A cidade necessitava de dinheiro, pois era mais intensa essa relação de comércio no dia a dia, os trabalhadores que viviam nos centros urbanos, tinham essa sensação de que produziam mais coisas "úteis" do que o camponês de trabalho braçal, que nada necessitava de dinheiro, pois sua vida era "sem ambições latentes". Do que se sabe, pouca era a população que vivam nos centros urbanos, a maioria das massas eram de origem campesina, dentro do sistema feudal, porém, pode-se notar o papel das cidades nesse processo de transição da Idade Média para a Idade Moderna, seu comércio e suas relações com a moeda, são em suma o aspecto principal que carrega a cidade Medieval.
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